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26 de jan. de 2014

GENOTIPAGEM





Genotipagem é a indentificação do pássaro através do DNA, isto é , cada um tem um diferente do outro. Quer dizer, uma vez retirada a amostra de sangue ou pena de um pássaro e enviada ao laboratório é feita uma análise e depois o resultado é postado em um código de barra que corresponde a respectiva identidade. Melhor ainda quando se faz junto o teste de paternidade para vincular essa identificação a seus ascendentes (pai e mae). Então, hoje os criadores estão certificando seus filhotes através da identificação das matrizes (pai e mae) , para assegurar a respectiva genética. Esse é o nosso futuro e em breve, com a caída dos preços para o processo os criadores de modo geral passem a executar essa certificação de todo o seu plantel. Importante ainda dizer que, os pássaros que não possuem matrizes conhecidas poderão fazer a genotipagem, vinculando a anilha no código do dna o que assegura a validade da marcação. sucesso e abraços



Aloísio Pacini Tostes

lagopas.com.br
multiplicar para conservar


O DNA é a molécula que guarda a base da informação genética que vai guiar a formação de todos os animais. Isso faz com que as informações contidas no DNA de um pássaro da mesma espécie sejam muito parecidas. Entretanto, o DNA de pássaros da mesma espécie, até mesmo entre irmãos ou entre pais e filhos, possuem pequenas diferencias que chamamos de polimorfismos. É graças aos polimorfismos que somos um pouco diferentes uns dos outros quanto a características como tamanho, cor de penas, comportamento, fibracor e tipo sanguíneo, , etc. Esse mesmo tipo de polimorfismo do DNA também controla características importantes para reprodução animal, como crecimento, reprodução, constituição de carcaça, resistência a doenças, fertilidade, entre muitas outras.

Dessa forma ao conhecermos a informação genética que vam gerar determinadas características de interesse, como fertilidade, fibra, velocidade e cantoria, podemos escolher com mais precisão os indivíduos que serão utilizados como reprodutores (matrizes) para constituir a próxima geração (por exemplo um Plantel). Quando fazemos isso estamos selecionando indivíduos com base em informações do seu DNA (genótipo).

O grande desafio é encontrar dentre os milhares de pequenos formas presentes no DNA de todos os indivíduos, aqueles poucos que vão controlar as características que nos interessam (veja o tema prospecção de genes nessa mesma árvore). Uma vez que descobrimos um (ou um conjunto) de polimorfismos que serão importantes para as características com as quais trabalhamos, passaremos naturalmente a ter a necessidade de saber qual padrão polimórfico de cada pássaro do nosso plantel.

A genotipagem é justamente o processo pelo qual identificamos cada forma de interesse para um grande número de animais. Assim podemos saber se um pássaro que acabou de nascer, um feto, ou até mesmo um embrião, terá ou não maior tendência a desenvolver uma determinada característica de interesse.

Existem várias técnicas para se genotipar um pássaro. O próprio teste de paternidade de que tanto ouvimos falar é um tipo de genotipagem, com objetivo de identificarmos indivíduos. Todas as técnicas de genotipagem são fundamentadas na extração do DNA do animal, que pode ser de qualquer tecido (vivo ou morto) que contenha células com DNA. Pela maior facilidade de obtenção, normalmente usamos o sangue ou o bulbo de penas como fonte do DNA a ser analisado. Outra forma de se conhecer quais formas possui um animal, seria pela análise dos fragmentos de DNA amplificados por PCR (Reação Polimerásica em Cadeia), em uma máquina de sequenciamento de DNA e assim descobrir a identidade daquele trecho da informação contida no DNA e, consequentemente, saber quais formas estão presentes ali.

Hoje em dia, a genotipagem pode ser associada ao melhoramento clássico (seleção de indivíduos pelo seu fenótipo) e com isso ajudar no processo de escolha dos pássaros a serem utilizados como matrizes do plantel. Esse sistema é conhecido como seleção assistida por marcadores (MAS) ou seleção assistida por genes (GAS) e apesar de seu uso ainda ser experimental e limitado, suas perspectivas futuras são promissoras.


Fonte: EMBRAPA
Adaptações: Bulú Papacapim